Desde maio deste ano que o tráfego registado estagnou em 86% do tráfego registado em 2019. Este fenómeno é explicado principalmente pela guerra na Ucrânia e pela instabilidade económica que paira na Europa. Ao nível da tipologia dos voos, os voos de carga (+3%) e de negócios (+8,2%) continuam a crescer, compensando a quebra nos voos comerciais. Ao nível dos voos Low-Cost, o início do inverno IATA representou uma quebra mais acentuada (Outubro -5%; Novembro -13%).
Ao nível nacional, relativamente aos ACC, em Lisboa e Santa Maria registaram-se quebras de -3,7% e -9,5% respectivamente. Esta redução explica-se em grande parte pelas restrições impostas pela implementação do novo sistema de controlo de Tráfego Aéreo TOPSKY na FIR de Lisboa. A Implementação do TOPSKY gerou 82 916 minutos de atrasos em rota e 32 932 minutos de atrasos aeroportuários, tendo ainda provocado atrasos nas FIR das Canárias, Sevilha e Madrid, com 18 097 minutos de atraso em rota.
O mês de Novembro continuou a ser um mês favorável para as torres de controlo insulares, que desde Abril têm registado valores superiores a 2019. As torres do continente permaneceram abaixo dos valores de 2019 resultado da entrada do novo sistema de controlo de tráfego aéreo.
Os valores registados até à data demonstram um mês de Dezembro ainda com uma tendência de decrescimento face a 2019, tendo pontualmente em alguns dias, registado valores acima de 2019 (primeiros dias do mês, devido aos dois fins de semana prolongados, e na semana do Natal).